Ergonomia
Conceituação
É uma ciência aplicada que sistematiza o trabalho e produção humana, em todas as áreas;
É a ciência que estuda, pesquisa, analisa, segue normas, objetivando relacionar o trabalho às características físicas e psíquicas do ser humano;
Além disso, a ergonomia busca adequar o trabalho. Dar aos outros elementos do sistema produtivo, determinando o controle da fadiga, do esforço, e da presença do conforto e bem-estar e da segurança durante a execução de tarefas.
Necessita, para alcançar suas finalidades, do uso dos conteúdos disciplinares das seguintes ciências: antropometria, anatomia, biomecânica, fisiologia, higiene do trabalho, desenho universal e acessibilidade;
Cada contribuição dessas áreas de conhecimento concorre para isolar qualquer agressão física e psicológica do trabalhador em relação a sua atividade e ao seu posto de trabalho
Histórico
2.1 Antecedente
Desde a pré-historia, Ergonomia já existia ligada aos objetos utilizando no inicial sistema de trabalho produzindo pecuária, utensílios, agricultura, etc.
2.2 1º Fase
Em 1949, a ergonomia se consolida enquanto ciência aplicada. Entretanto, já no séc. 19 haviam alguns estudos sobre o tema;
Após os resultados negativos relativos à grande perda da contingente humano na 2ª guerra mundial, no uso do “maquinario de guerra” inadequado e mal projetado, a Inglaterra organizou um grupo composto de engenheiros, médicos e projetistas voltado para a pesquisa ergonômica;
Na mesma época, os EUA também iniciaram pesquisas nesta área denominada fatores humanos na tecnologia;
Após a 2ª GM, os cientistas da NASA, ressaltaram nas suas pesquisas uma maior qualificação no dimensionamento dos objetos e postos de trabalhos.
2.3 2ª Fase
As preocupações voltaram-se para a analise dos elementos agressivos ( ruído, temperatura, conforto, etc.) ao trabalhador durante a jornada de trabalho;
Há uma maior adequação do dimensionamento dos objetos ao bem estar do trabalhador;
2.4 3ª Fase / Anos 50
SDCD’S ( Sistema digital de coleta de dados ); desempenhado nos EUA
Estudos cognitivos relacionados à INFORMÁTICA, devido ao controle do processo industrial;
2.5 4ª Fase / Anos 80
Na França surgiu um grupo ergonomistas preocupados com o alto numero de patologias psicossomáticas do trabalhador; ou seja, de doenças psíquicas que se manifestam fisicamente ( insônia, ulcera, gastrite, depressão, etc.) passando a incluir também a análise coletiva nos projetos empresariais
2.6 5ª Dos anos 80 até hoje
2.6.1 Macroergonomia
Seu objetivo é buscar um equilíbrio sociotecnico entre pessoas, tecnologia e organização.
Objetiva engendrar um esforço normativo de ajuste dos processos;
Woodward esteleceu que qualquer tecnologia é passível de ser implantada em todos os sistemas organizacionais do mesmo perfil de produção;
Brown e Imada pensam que a transferência de tecnologia possui resultados positivos quando ocorrem ajustes entre os elementos organizacionais ( pessoa / tecnologia / empresa );
2.6.2 Antropoergonomia
Alain Wisner defende que a transferência de tecnologia deve considerar os aspectos industriais, os recursos naturais e humanos, suas qualificações profissionais para haver uma maior viabilidade nos processos organizacionais;
Vidal afirma que o domínio de uma transferência de tecnologia só é possível quando os dispositivos técnicos, a organização do trabalho e a formação do trabalhador
Sofrem um processo macroergonomico de reconcepção organizacional;
Entretanto, o campo da antropoergonomia tem sido mais um campo de pesquisas do que um campo de práticas;
Isto ocorre porque, em geral, a compra de tecnologia é um processo estabelecido nos altos escalões das empresas, onde a ergonomia não é suficientemente considerada nestes espaços de decisão.
Ações Ergonômicas
3.1 Ergonomia Física
São ações que consideram as características, as habilidade e limitações do trabalhador envolvido em um processo organizacional.
Consideram o operador e o seu posto de trabalho como sendo AS UNIDADES ELEMENTARES DO SISTEMA DE TRABALHO.
3.2 Ergonomia Cognitiva
Neste tipo de ação ergonômica, o trabalhador é concebido como sendo um AGENTE COMPETENTE E ORGANIZADO NUM SISTEMA DE PRODUÇÃO;
3.3 Ergonomia Organizacional
Avalia o custo e o retorno propiciado pela ergonomia para a organização( Macroergonomia);
Busca inserir as necessidades de mudança de cultura da organização da empresa, com o objetivo de obter resultados positivos no nível de negócios ( antropoergonomia )
Fatores que influenciam a adoção de posturas no trabalho
4.1 Fatores quanto à natureza do trabalho
As atividades profissionais, em geral são de duas naturezas: a física e a mental;
As atividades fisicas resultam do esforço de movimento e articulações, mínimas, médios e graves, que devem ser normatizados através de regulamentos;
Já as atividades mentais são procedente de uso cerebral, e também devem ocorrer segundo normas e regulamento; Há também atividades de natureza hidridas, ou seja, tanto podem ser físicas e mental;
Atualmente as regulamentações sobre as naturesas do trabalho consideram para o seu bom desenvolvimento o número de horas mínimo e máximo e os intervalos necessários relacionados ao bom desempenho das tarefas;
4.2 Fatores Ambientais
São aqueles relacionados à quantidade de situações físicas presentes em um ambiente ou posto de trabalho;
Os principais agentes que devem ser considerados são a temperatura a humidade, o ruído e a iluminação;
Todos eles possuem normas de uso e implementação que deveriam ser seguidas rigorosamente;
4.3 Fatores Dimensionais
O dimensionamento das áreas arquitetónicas do ambiente de trabalho deverá estar de acordo com as tarefas lá desenvolvidas;
A arquitetura, o urbanismo, a engenharia civil, e a ergonomia são responsáveis pela a adequação dos projetos;
4.4 Fator temporal
São dois tipos de tempo experimentados no exercício de um trabalho
1º O tempo ao qual o trabalhador é submetido para executar suas taferas em um mesma posição;
2º O tempo psicológico que é aquele que sumete o trabalhador a tensões psiquicas, levando ao stress ou a doenças psicossomáticas
5 Posturas no trabalho
5.1 De pé
Esta postura do trabalho causa danos na circulação do trabalhador, pois o sangue venoso passa a se localizar nas pernas e pés, acarretando uma má circulação;
5.2 De pé em movimento
Seria a melhor postura de trabalho porque o corpo do trabalhador está em movimento e a circulação sanguinea é normal;
Porém, se houver escadas ou rampas pelas quais o trabalhador terá que fazer a sua tarefa, haverá transtornos em alguns movimentos do corpo que estaram em desequilibrio;
5.3 Sentado
Essa postura deveria ser a mais confortável se não ocorre-se a dobradura da coluna em “C” que é prejudicial não só as vertebras como também ao diafragma que é comprimido, dificiltando a boa respiração;
Para que seja uma postura de conforto no trabalho é inprescindivel que haja corespondência ergonomica entre a cadeira e a superficie do trabalho;
A cadeira não deve ser fixa, mas ajustável, deve ter mecanismos reguláveis de no minímo 10 cm, no assento e no encosto, para o conforto do trabalhador;
Além disso, o assento da cadeira deve ter uma estrutura de madeira revestida por uma espuma de 2cm de altura.
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